Mais um post sobre "Que raio ando eu a fazer em Psicologia"
sexta-feira, novembro 30, 2012
O problema de estarmos indecisos sobre que caminho académico seguir é que qualquer nova ideia nos suscita interesse. O que eu quero dizer com isto é que temos tendência a angariar (okay angariar não, que me estão a chatear para mudar - reunir) opções, planos, if you will.
É a Psicologia Forense e Criminal, o primeiro e grande amor mas que implica dinheiro e habitação deslocada. É a Psicologia Cognitivo-Comportamental, que até existe na faculdade mas implica matérias às quais não sou excelente (nem boa, nem razoável). É Neuro-ciência, com as suas máquinas todas XPTO e teorias difíceis de contrariar. É Psicologia do Consumidor, que vem da Social. É muita psicologia e pouca "eu".
A mais recente ideia prende-se com suicídios - passo a explicar. Em Psicopatologia, temos aulas práticas que envolvem assistirmos a consultas psiquiátricas ou então a filmes. Pois bem, assistimos a um filme sobre um rapaz bipolar que se suicidou e aquilo tocou-me profundamente. «Porquê?», pergunta alguém. Porque conheci pessoas que já tentaram acabar com a sua vida, ou que consideram que são inúteis.
Vamos lá a perceber: por muito bruta que eu seja, não brinco com vida humana. A não ser que a pessoa seja muito mas, bolas, muito odiada por mim, eu até me retenho de fazer comentários do tipo "devia matar-se". Só faço piadas dessas quando me encontro com os meus amigos mais chegados, porque somos parvos uns para os outros. Para mim toda e qualquer pessoa merece viver a sua vidinha, melhor ou pior, conforme queira ou consiga.
Assim, pensei: epá então e trabalhar com jovens em risco? Era uma boa ideia. (Mesmo estando eu sempre a queixar-me dos jovens deste país, sim)
Basicamente, quero que eles saibam que, porra, a vida muda e a longo-prazo, suicidio não é a melhor hipotese. E quase que pareço aquelas moças irritantes dos filmes/livros que vêem a vida através de óculos cor-de-rosa, com uma felicidade que chega a roçar o enjoativo - juro que não sou assim. Simplesmente tive experiências ao longo da minha adolescência que me fizeram ver a vida de forma optimista.
Basicamente, quero que eles saibam que, porra, a vida muda e a longo-prazo, suicidio não é a melhor hipotese. E quase que pareço aquelas moças irritantes dos filmes/livros que vêem a vida através de óculos cor-de-rosa, com uma felicidade que chega a roçar o enjoativo - juro que não sou assim. Simplesmente tive experiências ao longo da minha adolescência que me fizeram ver a vida de forma optimista.
3 comentários
Quem jura mais mente. E juro (!) que não foi só isso que retive do texto.
ResponderEliminarestavam a chatear-te para mudares a palavra angariar? cambada, pá... é o que tenho a dizer :P
again, não foi só o que retive.
Deste-me agora uma ideia... ir para educacional, mas pós-graduação em criminal e assim salvava os putos (ai, se algum psicólogo vê isto, que vergonha!) e salvava a criminologia na juventude e coiso e tal... não é má ideia. Haja esperança! Obrigada pela inspiração eheh
quanto ao título do post, tenho-me perguntado isso todo o santo (NOT) dia... mas que raio ando eu a fazer aqui??:/
Falando agora no suicídio, é uma saída fácil, mas que ao contrário das outras, não podes sair pela porta e entrar pela janela. Sais e sais mesmo, ficas na rua para sempre...
Gostei do visual *.*
ResponderEliminarTmb gtv de trabalhar com jovens em risco :)
@Ray - Epá e parares de mandar vir comigo, fogo pá! Mas olha descobri agora que no 2º semestre do 4º ano, no núcleo de Cognição Social, há uma cadeira que é Psicologia e Direito, que põe forense "ao barulho". Além de que com as optativas, que são gerais a todos os núcleos, podes concretizar isso :)
ResponderEliminarE ya, é isso.
@calipso: thanks amor :) É uma área com muito por onde pegar!