Olá a todo/as ♥
Também eu franzia as sobrancelhas e deitava a língua de fora quando se mencionava a Taylor Swift, não por causa da sua música mas pelo seu estilo de vida tão criticado! Mas abri os olhos e enquanto andava a ler uns artigos sobre ela, lembrei-me de escrever este post. Hoje venho-vos explicar os princípios básicos do que optei por chamar "O Complexo Taylor Swift" e como combatê-lo.
Primeiramente, esta minha mudança de ares em relação à rapariga chama-se "reality check", o acto de perceber que a vida de outra pessoa não nos cabe a nós julgar, neste contexto. Em segundo, também ela fez um reality check ao perceber que se calhar não dizia as coisas da melhor forma, e agora é o tipo de pessoa que ajuda os fãs a recuperar de break-ups, que segue fãs no supermercado para lhes agradecer e que leva a vida de forma ligeira no que toca a ela própria.
Assim, comecemos: O Complexo Taylor Swift prende-se com o acto de criticar uma pessoa que entra e sai de relações românticas rapidamente - mais alargadamente, que alterna entre vários parceiros - e que escolhe dar voz às experiências por que passa com os ex-parceiros. Mais alargadamente, prende-se com o chamar de "fácil", "prostituta", "man-eating", "slut" entre outros slurs que evocam Slut-shaming. Não existe um intervalo de parceiros cientificamente comprovado a partir do qual este fenómeno se começa a notar nem um intervalo de tempo considerado normal para a troca de parceiros, românticos ou sexuais. Existe apenas muita língua a precisar de sabão e umas mentes a precisar de uma boa livrada.
Sem mais demoras apresento-vos as 8 formas de combater este fenómeno!
- Percebam que a vossa liberdade acaba onde começa a da outra pessoa: Com isto quero dizer que se uma rapariga não vos bateu na cabeça com um taco de baseball e fugiu com o vosso mais-que-tudo, ela não vos está a agredir nem a arruinar a vossa vida, logo não têm nada que ver com a vida dela.
- A rapariga que namora com todos agora virou-se para a vossa crush? Amigas, se tentaram aproximar-se da vossa crush e não deu, partam para outra. Se não tentaram, olhem, não estava lá nenhum cartaz a dizer "Propriedade de fulana tal", estava?
- A pessoa em estudo cometeu adultério? Se não, não é vosso problema. Se sim, não é vosso problema na mesma - é algo para ela e a consciência dela resolverem. (Se for vossa amiga, não devem meter o bedelho a não ser que vos peçam directamente)
- Calem os homens que dizem que elas são tão fáceis - As mulheres são atacadas verbalmente por outras mulheres mais frequentemente do que por homens. Unam-se às vossas compatriotas para calar a boca desses seres energúmenos que pensam que deitar abaixo um alvo deste complexo os vai fazer parecer mais homenzinhos e mais apetecíveis aos olhos do resto da manada.
- Lembrem-se que cada um tem os seus gostos - Ela não vai andar com vocês só porque sim. Ela não é obrigada a gostar de todos. Sim ela até pode andar com alguém mais feio que vocês, isso não significa que vai querer namorar convosco.
- Ela é livre de dizer o que quiser sobre quem quiser - Desde que não seja mal-educada, que moral têm vocês para dizer o que seja do que ela acha?
- Nunca digam "desta água não beberei" - Podem ter o azar ou a sorte de ter várias relações diferentes num período de tempo relativamente curto e saberem que foi apenas uma casualidade, que não procuraram activamente acabar com o Manuel dois dias depois de começarem e depois começar com o António na semana seguinte antes de partir para o André. Que é como quem diz: se vocês não se acham promiscuas e não acham que andam a saltar de cama em cama, porque haveria outra rapariga de o pensar?
- Combatam o estigma de que uma rapariga tem só um parceiro mas um homem pode ter muitas parceiras!
Se por acaso nenhuma destas dicas funcionar: enfiem uma vassoura no bumbum e metam fita-cola na boca, porque devem ser muito más pessoas para quererem dizer mal de alguém que assume as suas escolhas.
Nessie, ♥